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103 milhões para inovação de base florestal

The Navigator Company lidera consórcio que investe em produtos com origem no eucalipto para substituir as embalagens de plástico de origem fóssil.

A The Navigator Company, empresa de base florestal mentora do projeto Produtores Florestais, lidera o consórcio que vai investir mais de 103 milhões de euros na investigação, desenvolvimento e comercialização de soluções de embalagem inovadoras de origem renovável e biodegradável, a partir da floresta de eucalipto, que substituam as embalagens de plástico de origem fóssil, nomeadamente as de uso único.

O projeto, designado Agenda Mobilizadora “From Fossil to Forest – Produtos de Embalagem Sustentáveis para Substituição do Plástico Fóssil”, integra a componente C5 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pretende confirmar e reforçar o valor acrescentado da floresta de eucalipto para a economia nacional, ao mesmo tempo que contribui para um futuro sustentável. O projeto aproveita a riqueza florestal portuguesa, que tem no eucalipto globulus uma matéria-prima que se destaca a nível mundial na produção de pasta de celulose e de papel, para dinamizar a transição para uma bioeconomia de baixo carbono, alinhada com a Transição Climática.

O consórcio envolve 27 parceiros nacionais, 16 empresas e 11 universidades e centros de investigação, que cobrem toda a cadeia de valor desde a matéria-prima ao produto final. No domínio da bioeconomia de base florestal, envolve o desenvolvimento de 11 novos produtos inovadores de base sustentável, e a produção e comercialização de soluções inovadoras que recorrem a matéria-prima nacional, proveniente de floresta plantada de eucalipto e certificada. Vai traduzir-se ainda na criação de mais de 100 postos de trabalho diretos e num volume de negócios anual que ultrapassará os 120 milhões de euros.

No domínio dos novos bioprodutos, são vários os exemplos de produtos alternativos aos produtos de origem fóssil previstos: pastas de celulose não branqueadas de alto rendimento com menor utilização de madeira, embalagens de papel flexíveis para a indústria alimentar e para o retalho, embalagens em celulose rígidas também para a indústria alimentar e indústria eletrónica, compósitos de celulose e bioplásticos para a produção de filamentos para a impressão 3D e de produtos termomoldados para a área da saúde ou outras; e também a criação de sensores de papel para serem incorporados nas embalagens com o objetivo de monitorar o estado de condição dos alimentos e interagir de forma inteligente com o consumidor.