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Árvores estão a ficar mais jovens e baixas

Estudo internacional analisou a evolução das florestas e concluiu que a mortalidade dos ecossistemas reduz o potencial de armazenamento de carbono.

árvores mais pequenas à beira de um riacho

Investigadores internacionais concluíram que as “mudanças contínuas nos fatores ambientais, e noutros responsáveis pela perturbação dos ecossistemas, têm aumentado consistentemente a mortalidade das árvores, forçando as florestas a ficarem mais baixas e mais jovens”, o que reduz o seu potencial de armazenamento de carbono.

O estudo foi publicado recentemente na revista “Science”, sob o título “Alterações generalizadas na dinâmica florestal num mundo em mudança”, e, entre os fatores que estão a alterar a evolução das florestas, os cientistas destacam o aumento da temperatura e do CO2, bem como o aumento de fenómenos como incêndios, secas ou mudanças no uso dos solos. Como consequência, nos ecossistemas que designam por “maduros”, ou seja, que têm pelo menos 140 anos, “a taxa de mortalidade duplicou em quase todo o continente americano e na Europa, nas últimas quatro décadas”.

O artigo afirma ainda que o mais provável é as mudanças generalizadas na dinâmica da vegetação florestal acelerarem ainda mais “sob futuras mudanças globais, com consequências para a biodiversidade”. Os investigadores alertam, por isso, para os desafios que se avizinham tanto para a conservação como para a gestão sustentável das florestas.