Reportagens

O papel é mais ecológico que o plástico

O Dia Europeu do Saco de Papel destaca o contributo da floresta na origem de produtos naturais e renováveis que afirmam o consumo sustentável e responsável.

Floresta de eucaliptos

Sob o espetro das alterações climáticas, o desafio que se coloca à economia mundial passa por encontrar alternativas naturais, não apenas na substituição de energia fóssil por energia renovável (biocombustíveis), mas também no desenvolvimento de produtos com origem em matérias-primas naturais e renováveis. Esta é uma das mensagens do Dia Europeu do Saco de Papel, efeméride que se celebra a 18 de outubro e que releva o contributo das florestas de produção como fontes sustentáveis para a economia verde.

Produzido a partir de fibra de madeira renovável, reciclável e biodegradável, o papel apresenta-se como alternativa natural para os produtos de origem fóssil como o plástico, material que é derivado do petróleo e cujo desperdício deixa um rasto muito difícil de apagar. Um saco de plástico tem um tempo médio de vida de 15 minutos, mas abandonado no meio ambiente demora 10-20 anos a decompor-se, e uma garrafa de plástico pode levar 450 anos.

Já o papel, material proveniente de florestas plantadas e sustentáveis, precisa apenas de 2 a 5 meses para se decompor totalmente no meio ambiente, numa demonstração de compromisso ecológico com o planeta e com o consumo sustentável das sociedades modernas.

Madeira: uma matéria-prima versátil

A proibição da venda de produtos de plástico de utilização única será uma realidade na União Europeia em 2021, estimando-se que o benefício ambiental de tal medida evitará a emissão de 3,4 milhões de toneladas de CO2, para além da redução do volume de plástico que está a poluir o planeta. Na mira da legislação europeia estão produtos para os quais já existem alternativas em suporte de papel no mercado, graças a uma matéria-prima (fibra de madeira de eucalipto) que permite as mais variadas aplicações.

Centrada na produção de papel para escrita e impressão, e papel de uso doméstico (lenços, guardanapos, papel de cozinha, papéis higiénicos, etc.), a indústria da celulose tem diversificado o seu campo de ação, que hoje se revela na embalagem (algumas com um grau de sofisticação que permitem conservar a refrigeração de bebidas e alimentos), mas também no fabrico de pratos, copos ou recipientes para transporte de bebidas e alimentos.

Acresce a esta versatilidade, o facto de as principais indústrias de pasta e papel serem produtores florestais, o que significa que também contribuem para reduzir a sua própria pegada de carbono pela aposta que fazem na gestão ativa e profissional da floresta.

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