Arrendamento: Como aderir e que vantagens
Cerca de 45% da floresta gerida pela Navigator pertence a terceiros. São perto de 2 000 proprietários que entregaram a gestão das suas terras à empresa.
Maior produtor privado nacional de floresta, a The Navigator Company gere propriedades de terceiros desde a década de 60, ainda antes de a empresa ter adotado a designação Portucel-Soporcel. “Há proprietários com mais de 40 anos de ligação à Companhia, que agora já vão na 2ª e 3ª gerações”, afirma Susana Paulo Pereira, responsável da Navigator pela compra e arrendamento de terras em Portugal.
A empresa tem atualmente sob gestão 109 mil hectares de floresta, sendo que cerca de 50 mil ha dizem respeito a arrendamentos. Susana Paulo Pereira explica como são feitos os contratos, quais as condições e as vantagens para os proprietários.
– Como funcionam os contratos de arrendamento Navigator?
O processo é feito através de um contacto com o proprietário com a proposta da Companhia fazer toda a gestão da propriedade durante o período do contrato ou nós vamos ao seu encontro na fase de procura de novas oportunidades. Esta gestão inclui todas as operações necessárias, como a plantação com as melhores plantas, adubação, seleção de varas, controlo da vegetação, gradagens, proteção de incêndios, etc. Os contratos têm a duração variável de 12 a 25 anos, mas, normalmente, vão da plantação até ao segundo corte. Podem ser também realizados com plantações a meio do ciclo, com povoamentos com mais de 6 anos por exemplo, a que depois daremos seguimento à gestão daquele corte e futuros.
O contrato de arrendamento com a Navigator inclui todas as operações necessárias na gestão, do licenciamento até à prevenção e combate de incêndios.
– Qual é a oferta de renda?
A renda pode ser fixa, pagando-se todos os anos uma quantia cujo valor acompanha o aumento da taxa de inflação. O valor desta renda é apurado após uma avaliação ao potencial do terreno em causa – quanto melhor, maior será a renda. A renda também pode ser variável e paga no momento de cada corte. Nestes casos, o valor é calculado pelo volume de madeira que vai para a fábrica, retirando os custos com corte, rechega e transporte, multiplicado pela percentagem acordada e pelo valor da madeira em pé nesse momento.
– Que terrenos são elegíveis?
Em virtude da legislação atual, só arrendamos terrenos que tenham eucalipto. Falamos de propriedades com 5 hectares, mas que não têm de ser contínuos. Também arrendamos propriedades inferiores a 5 hectares, desde que estejam junto a outras que estamos a gerir. Trata-se de uma mais-valia, pois permite-nos fazer uma exploração florestal em escala.
– Que benefícios e vantagens representam para os proprietários?
Os proprietários não têm de se preocupar com nada. Fazemos a gestão da área que ficar no contrato e se houver algum auto por parte da GNR em termos de gestão de combustíveis, vulgarmente indicado como a limpeza das florestas, somos nós que avaliamos a situação e responderemos por ela. Fazemos toda a gestão, desde o licenciamento quando é necessário replantar, e asseguramos a vigilância e combate aos incêndios através de um dispositivo próprio e profissional, que é partilhado com a Altri – a Afocelca. Para além do desenvolvimento produtivo da floresta, a nossa gestão implica também a construção de caminhos e aceiros, que são benfeitorias que ficarão nas propriedades depois do final do contrato.