Novos métodos para controlo das acácias
Projeto GANHA, da Universidade de Coimbra, apresenta resultados sobre gestão sustentável de espécies invasoras lenhosas.
As acácias encontram-se entre as plantas invasoras lenhosas mais dispersas no território português, provocando avultados prejuízos em termos ambientais e socioeconómicos. Diminuir o risco ecológico que esta espécie invasora representa para o meio ambiente foi objeto do projeto “GANHA – Gestão sustentável de Acacia spp.: controlo natural e outras metodologias para recuperação de habitats em áreas classificadas”, cujos resultados já foram apresentados e em breve resultarão num documento sobre boas práticas na gestão sustentável e controlo das acácias.
As espécies invasoras estão entre as cinco principais causas de ameaça à biodiversidade a nível global e, por isso, têm sido objeto da investigação científica na procura de soluções para diminuir a sua prevalência no meio ambiente. O projeto, coordenado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, foi desenvolvido entre de 2017 e 2021 e decorreu em três Sítios de Importância Comunitária: nas Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas (35,5 hectares), na Serra da Lousã (20,08 hectares), e na Comporta/Galé (156,4 hectares), em 11 áreas classificadas.
Em três locais decorreram intervenções de controlo físico/mecânico (como cortes e descasques) para gestão de acácia-de-espigas (Acacia longifolia), mimosa (Acacia dealbata) e/ou austrália (Acacia melanoxylon), e nos restantes foi feito controlo natural, no caso da acácia-de-espigas, com a utilização de um pequeno inseto australiano formador de galhas (Trichilogaster acaciaelongifoliae), que reduz a formação de sementes e novos ramos.
Pode assistir ao vídeo de apresentação dos resultados aqui:
Coordenado pelo Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, o projeto GANHA foi desenvolvido em colaboração com a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra, com as câmaras municipais de Figueiró dos Vinhos e de Vagos, e com o RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel, tendo beneficiado do financiamento do POSEUR e da The Navigator Company.