Inteligência artificial na “floresta de precisão”
Com a ajuda de satélites e algoritmos, a indústria papeleira estuda a floresta portuguesa com detalhe, para poder geri-la melhor.
Um projeto pioneiro, que recorre a imagens de alta resolução fornecidas pelos satélites Sentinel, da Agência Espacial Europeia, e a algoritmos treinados por inteligência artificial, está a permitir conhecer melhor a floresta portuguesa, incluindo as dinâmicas de crescimento, incêndios e pragas.
A CELPA – Associação da Indústria Papeleira associou-se à start-up lisboeta Tesselo neste projeto de “floresta de precisão” que permite obter informação mais valiosa e atualizada, essencial para a indústria poder fazer o seu planeamento, a curto, médio e longo prazo.
Fornecedora de serviços tecnológicos na área da sustentabilidade ambiental, fundada há quatro anos, a Tesselo tem ajudado a CELPA a substituir os inventários florestais classificados à mão, a partir de fotografias aéreas e observação direta, por processos automatizados e quase sem intervenção humana.
As imagens do arvoredo recolhidas gratuitamente por satélites Sentinel permitem, agora, com recurso a inteligência artificial, uma classificação automática, com periodicidade mensal. O detalhe possibilita identificar espécies de árvores, áreas áridas ou cortadas, idade das árvores e até o seu estado de saúde. A medição da carga combustível em determinadas áreas florestais ajuda a prevenir incêndios.