IMPACTO DO CONTROLO DA VEGETAÇÃO ESPONTÂNEA
É uma prática importante para aumentar a produtividade e reduzir o risco de incêndio.
Para reduzir o crescimento das plantas que competem com o eucalipto por água, luz e nutrientes, o que é particularmente importante nos primeiros anos de crescimento das plantações ou talhadias de eucalipto, deve ser realizado o controlo da vegetação espontânea. Esta operação promove o aumento da produtividade, com um acréscimo de madeira entre os 10% e os 30%, dependendo das condições do clima e do solo.
A vegetação cortada pode ser incorporada no terreno, contribuindo para o enriquecimento da matéria orgânica do solo.
Além disso, facilita as operações de manutenção dos povoamentos e reduz o risco de incêndio. Em contrapartida, não é benéfica a remoção total da vegetação – a não ser que se trate de uma espécie invasora –, pois promove a biodiversidade, a diversificação de habitats e alimentação para a fauna local. Esta prática silvícola é realizada sobretudo nos primeiros anos do ciclo de crescimento das plantações.
Nos primeiros meses após a plantação, pode ser necessário controlar a vegetação espontânea, sendo a técnica mais usual a sacha, que corresponde a uma limpeza da vegetação espontânea com enxada, num raio de 30 cm à volta da planta. Depois, entre o primeiro e os seis anos de idade, antes do fecho das copas dos eucaliptos, esse controlo pode ser efetuado por meios mecânicos. O controlo da vegetação por meios químicos também é possível, mas só deve ser feito por técnicos e empresas habilitadas. A vegetação cortada pode ser incorporada no terreno, contribuindo para o enriquecimento da matéria orgânica do solo.
Artigo publicado originalmente na revista n.º 12, de dezembro de 2023, que pode ler na íntegra e descarregar aqui: https://www.produtoresflorestais.pt/quero-receber-a-edicao-da-revista-em-papel/