Falta de polinizadores limita produção de alimentos
Cientistas americanos analisaram mais de 1.500 campos agrícolas no mundo e encontraram défices de produção em 25 tipos de culturas.
Uma equipa de investigadores americanos, liderada por cientistas da Rutgers University-New Brunswick, analisou o rendimento de culturas de mais de 1.500 campos agrícolas em todo o mundo e descobriu que a produção mundial de alimentos essenciais, como frutas, vegetais e legumes, não atingiu os níveis exigidos devido à escassez de insetos polinizadores.
O estudo, que foi publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution, revela que em 85% dos países analisados foram encontrados défices de produção em 25 tipos de culturas – as de mirtilo, café e maçã foram as mais afetadas.
“Os polinizadores sustentam a reprodução de cerca de 88% das plantas com flor a nível mundial e 76% das principais culturas alimentares globais. As abelhas são geralmente consideradas os polinizadores mais eficazes, porque visitam mais flores e carregam mais pólen do que outros insetos. As nossas conclusões mostraram que, se os agricultores prestarem mais atenção aos polinizadores, podem tornar os seus campos agrícolas mais produtivos e eficientes”, explicou Rachael Winfree, autora do estudo e professora de Ecologia, Evolução e Recursos Naturais da Rutgers University-New Brunswick.
Face a esta necessidade de dar uma maior atenção ao trabalho desenvolvido pelos polinizadores, importa recordar o protocolo assinado pela The Navigator Company, mentora do projeto Produtores Florestais, com a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), ao abrigo do qual cede gratuitamente parcelas do seu património florestal para os apicultores inscritos nesta organização poderem ali instalar os seus apiários.