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Corte de verbas para a floresta contestado

Forte redução nas medidas de apoio ao investimento florestal da Política Agrícola Comum leva organizações a criticar o Governo.

O Governo submeteu à Comissão Europeia uma proposta para a terceira reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), na qual diminuiu as medidas de apoio ao investimento em floresta. 

Esta redução, segundo cálculos de associações florestais e ambientalistas, é de 44%, o que significa que o valor disponível desce de 275 para 153 milhões de euros, o que motivou fortes reações.

No início do mês, vinte e duas organizações da sociedade civil e do setor florestal apelaram ao Governo, em comunicado, para que “encontre alternativas, noutros instrumentos de financiamento público, para o corte realizado nas intervenções de apoio à floresta na terceira reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum.” 

As organizações que assinam o comunicado – incluindo cinco das seis federações que representam os proprietários florestais (Fenafloresta, Forestis, FNAPF, Fórum Florestal e Baladi) – criticam a ausência de diálogo com o Ministério da Agricultura e lamentam que este considere que os investimentos em floresta financiados pelo Programa de Recuperação e Resiliência compensam os cortes no PEPAC. Isto porque, sublinham, “os diferentes instrumentos de financiamento foram concebidos para serem complementares.” Esta reprogramação do PEPAC, alertam as organizações que subscrevem o comunicado, pode vir a afetar a sociedade, “face ao abandono crescente da floresta”.