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FOGOS MAIS INCONTROLÁVEIS NA FLORESTA SEM PREVENÇÃO

Um estudo internacional, que envolveu 22 investigadores, concluiu que apostar tudo no combate e nos meios aéreos não é solução para o problema dos incêndios

Os incêndios estão cada vez mais severos, como ficou tragicamente evidente em 2017 em Portugal, por isso, manter o foco no combate ao fogo está destinado a falhar. É preciso mudar de paradigma e centrar os esforços de forma equilibrada em prevenção e combate. Esta é a conclusão de um estudo internacional que envolveu 22 investigadores de países que enfrentam ciclicamente o drama dos incêndios, nomeadamente do sul da Europa, Chile, África do Sul, Califórnia (EUA) e Austrália.

A acumulação de vegetação em anos de menor incidência de fogos irá ser o combustível para os incêndios de grandes proporções, impossíveis de combater em condições meteorológicas adversas, por mais meios de combate que estejam no terreno. “Apostar tudo no combate e nos meios aéreos não é solução”, afirma Francisco Moreira, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), da Universidade do Porto, ISA e Universidade de Lisboa, e coordenador do estudo, que defende, entre outras ações, “uma gestão permanente da vegetação e cinturas de segurança junto às áreas urbanas”.