“A MINHA PROPRIEDADE ESTÁ CUIDADA”
Proprietário florestal em Monchique, Nélson Sérgio arrendou o seu terreno à The Navigator Company para garantir uma gestão profissional e maior rendimento.
Nélson Sérgio é profissional do comércio em Santiago do Cacém e, desde 2011, proprietário florestal. Mas nunca tratou pessoalmente da floresta. A sua ocupação profissional tira-lhe tempo para se dedicar às árvores, e a distância também não ajuda. São mais de 120 quilómetros entre a cidade onde vive (Santiago do Cacém) e a localização dos cerca de 47 hectares de eucaliptal que possui, na zona de Monchique. Esta separação não retira orgulho pelo legado que o pai lhe deixou e que Nélson quer passar aos filhos Martim e Afonso.
“Não trabalho na floresta, mas sempre quis que a propriedade estivesse cuidada, com um acompanhamento adequado”, afirma. “A floresta sempre foi a paixão do meu pai e hoje é uma maneira de irmos passear todos juntos, pois ele fica contente em ver o que ajudou a construir. Ele esforçou-se para a família ter e usufruir da floresta, e não ia gostar de ver o terreno abandonado e entregue ao mato.”
O gosto pela floresta
Nascido em Torres Vedras, Nélson Sérgio ainda andava de fraldas quando os pais se mudaram para Aljezur, uma das portas do Algarve, no início da década de 1970. “O meu pai e os irmãos adquiriram um terreno de 300 hectares entre Monchique e Aljezur. Aquilo era serra, não tinha nada, mas eles compraram máquinas, plantaram floresta e arranjaram o terreno com socalcos”, conta. A família mudou-se depois para Santiago do Cacém, junto ao litoral alentejano, onde viria a abrir uma loja de roupa no final dos anos 80, que ainda é hoje o negócio de Nélson.
No seu estabelecimento comercial, situado no centro urbano de Santiago do Cacém, Nélson abre o mapa e aponta para uma mancha verde no extremo sudoeste de Portugal continental. “É mais ou menos por aqui”, diz. A sua propriedade florestal fica em Alagoas – Barranco da Galé, nos limites do concelho de Monchique, a meio caminho entre Aljezur e aquela vila algarvia.
“Ter uma empresa especializada a cuidar do meu terreno deixa-me muito mais tranquilo, até com os riscos que existem com os incêndios”, afirma Nélson Sérgio.
Ao crescer, a relação de Nélson com a floresta foi quase sempre distante. Depois da escola veio o futebol no Santiago do Cacém, onde jogou a lateral/médio direito, e após arrumar as chuteiras foi de vez para detrás do balcão. A floresta sempre foi a paixão do pai, Francisco, embora Nélson admita que ele lhe pegou o gosto. Em 2011, Francisco aconselhou-o a comprar uma parcela de 20 hectares, pegada ao seu próprio terreno. E quando, no final de 2018, o pai decidiu fazer as partilhas pelos dois filhos (Nélson e a irmã), a área aumentou para 47 hectares.
Colaboração a longo prazo
Em 2011, Francisco Sérgio arrendou a sua floresta de eucaliptos à então Portucel, e o filho seguiu-lhe o exemplo. “Tornou-se imprescindível podermos contar com alguém para cuidar dos nossos terrenos florestais. Não tenho os conhecimentos que a Navigator tem, na preparação do terreno, na escolha da planta adequada, e na capacidade de gestão para manter a floresta limpa e tirar dela mais rendimento. Ter uma empresa especializada a cuidar do meu terreno deixa-me muito mais tranquilo, até com os riscos que existem com os incêndios”, afirma Nélson Sérgio.
O investimento e a gestão estão a cargo da Navigator, que assegura a logística para os trabalhos necessários, como a preparação do terreno, plantação, adubação e limpeza de matos e caminhos.
O primeiro contrato de arrendamento com a Portucel/Navigator terminou em 2018, mas a colaboração com a Companhia conheceu um novo capítulo desde que herdou a sua parte dos terrenos do pai. “O contrato anterior consistia numa renda anual, mas este é por 24 anos e optámos agora por uma percentagem do valor da madeira na altura do corte. É uma colaboração a longo prazo, que contempla duas rotações”, explica este proprietário florestal.
O investimento e a gestão da floresta ficam a cargo da Navigator, que trata da logística de máquinas para os trabalhos necessários, preparação do terreno, plantação de árvores, adubação, limpeza de matos e caminhos. “A minha irmã também arrendou a sua parcela de 52 hectares à Navigator, tal como alguns primos nossos”, acrescenta Nélson Sérgio, com o desejo mudo de que os filhos também olhem pela floresta quando chegar a vez deles.
Uma empresa fiável
A produção silvícola assente em pequenas explorações destaca-se no concelho de Monchique, onde a agricultura ocupa somente cerca de 13 300 hectares de uma área total de 395,8 km2. Para além de florestas de pinheiros e eucaliptos, existem algumas manchas de castanheiros e sobreiros, mas estas com menor peso na economia local.
Tirar maior proveito do seu terreno foi o que levou Nélson Sérgio a arrendá-lo à The Navigator Company. “Procurei esta parceria porque se trata de uma empresa especializada na área florestal e sei que assim retiro mais rendimento do meu terreno. Uma floresta de eucalipto cuidada e tratada torna-se numa boa fonte de rendimento para as famílias e para o país”, afirma o proprietário, destacando a longa relação de confiança que se estabeleceu entre as duas partes. “A Navigator é uma empresa fiável e sempre houve uma conversa séria e honesta connosco. Por isso, foi natural a renovação do contrato com a Companhia.”
Preocupado com o drama dos incêndios, Nélson Sérgio confia no know-how da empresa que gere a sua floresta de eucaliptos. “Com esta colaboração fico mais descansado, pois os terrenos cuidados, sem matos à volta e com os caminhos limpos, resistem melhor ao fogo”, adianta, lamentando o cenário de destruição pelo fogo que tem assolado o país nos últimos anos. “É triste ver a floresta destruída, com o que isso representa para o trabalho e o sacrifício das pessoas.”