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Visão 2020-2030 aposta na biomassa florestal

O Plano de Recuperação Económica para a próxima década propõe centrais de biomassa para dinamizar o interior e ajudar à limpeza da floresta.

estrada no meio de um eucaliptal

No balanço da consulta pública realizada após a apresentação da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, elaborado por António Costa Silva, consultor do Governo, este afirmou que Portugal deve apostar em centrais de biomassa, sobretudo para dinamizar o interior do país. “Temos de transformar lixo em recursos, e isso pode ser uma excelente oportunidade.”

A consulta pública recebeu mais de mil propostas de contributos, de cidadãos e instituições, que depois de analisadas por António Costa Silva mereceram seis adendas ao documento original, reforçando a valorização dos setores petroquímico, da eficiência energética, dos recursos marinhos, do comércio, do turismo e da biomassa.

Segundo o consultor, ao nível da biomassa, o modelo a defender “é baseado em pequenas centrais para a produção de calor ou de calor e eletricidade, para dinamizar a economia local, ajudar à limpeza da floresta e a criar riqueza”. Um modelo que tem sucesso na Europa Central e nos Países Nórdicos e que “é mais eficiente e minimiza os desperdícios”.

Costa Silva reforça ainda, com base na economia circular, “a necessidade de um enquadramento regulatório mais adequado, com uma definição clara do que é a biomassa florestal e os seus resíduos”. Isto para “evitar a queima de árvores e tudo o que pode configurar uma utilização insustentável da floresta”.