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SCAPEFIRE desenha plano para evitar incêndios

Projeto sugere uma reviravolta no ordenamento do território em 72% da área dos municípios mais afetados pelos incêndios de 2017.

Vista aérea da região de Gois

Investigadores do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, concluíram que 72% da área dos municípios mais afetados pelos grandes incêndios de junho de 2017 – Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande – precisa de uma reviravolta em termos de ordenamento do território.

O estudo propõe um plano para o Pinhal Interior, designado Scapefire, que pode ser aplicado a qualquer município português e prevê a criação de linhas de vazios, de áreas agrícolas e de pastagens, e um regresso gradual à floresta autóctone, sobretudo composta por folhosas, como carvalhos e castanheiros, que também ardem, mas são de combustão mais lenta.

Para implementar o plano, os investigadores afirmam ser preciso o apoio do Estado, para financiar o período de transição de 30 anos e divulgar a alteração de política de ordenamento do território. Manuela Raposo Magalhães, a coordenadora do plano, avança ainda com a necessidade de “fazer o levantamento do cadastro dos terrenos e de proporcionar uma gestão coletiva das parcelas por parte de empresas privadas que fazem uma gestão sustentável da floresta”.