A gestão que a agricultura precisa
No meio de várias parcelas de eucalipto, Luís Guapo plantou 2 500 árvores de kiwis.
Desflorestou algum eucalipto para instalar 1,5 hectares de multiculturas, como melancia, framboesas e ferragem para os animais próprios, ovelhas, porcos, galinhas e patos. No ano passado, Luís Guapo plantou também olival e continua a introduzir algumas árvores – como castanheiros, nogueiras e figueiras – para perceber o que se dá na zona, em Ourém, com o intuito de posteriormente poder vir a produzir mais alguma coisa.
No terreno restante instalou, há sete anos, um sistema de rega que apoia o crescimento dos kiwis e, ao mesmo tempo, lamenta, atrai os javalis da zona. Entretanto já comprou mais algumas parcelas de eucalipto. Primeiro vai criar uma zona de com outras espécies florestais que não existem na zona, em torno dos kiwis. Depois, pretende substituir o atual eucaliptal desordenado, onde ainda não fez nenhum corte, por uma área plantada e ordeira.
Este jovem agricultor, “um rapaz do campo”, como se autointitula, estava a tirar o curso de Gestão Empresarial quando decidiu que “não se via fechado num gabinete, ao mesmo tempo que não vê outra profissão que precise tanto de gestão como a agricultura”. O balanço da aventura é positivo. A aposta nos kiwis mais a sul do que seria de esperar tem a vantagem de a cultura não ter geada no inverno e a desvantagem de fazer mais calor. É por falta de mais recursos hídricos, visto só ter um furo, que não considera, para já, aumentar a área de kiwi.