Controlo das acácias une cientistas e proprietários

As plantas exóticas invasoras são um ameaça aos ecossistemas florestais e, em Portugal, as espécies do género Acacia encontram-se entre as mais agressivas, sendo a acácia-austrália (Acacia melanoxilon), a mimosa (A. dealbata) e a acácia-de-espigas (A. longifolia) aquelas que se encontram mais disseminadas. 

Segundo os inquéritos realizados no âmbito do projeto Acacia4FirePrev, desenvolvido pelo Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, em colaboração com o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, em Castelo Branco, mais de 80% dos inquiridos considera que as acácias são um problema grave a muito grave em Portugal. E os estudos comprovam que as áreas dominadas por estas plantas aumentaram 90% entre 1995 e 2010, com um acréscimo médio de 170 hectares por ano. Em Portugal estima-se que florestas dominadas por estas espécies ocupem cerca de 18 500 hectares.

Um dos objetivos do Acacia4FirePrev é procurar alternativas viáveis de valorização dos resíduos provenientes da gestão dos acaciais, tentando obter produtos de valor acrescentado, como painéis de partículas, pellets e briquetes. Ao mesmo tempo, procura promover uma gestão mais eficiente por parte dos proprietários de terrenos invadidos, através do controlo dos custos associados.

O envolvimento das comunidades locais e a recolha de informação sobre as suas lacunas de conhecimento e as necessidades para o controlo das áreas afetadas também fazem parte do projeto. Razão porque são realizadas ações de sensibilização em que cientistas e participantes discutem questões como a seleção dos métodos de controlo mais adequados e a frequência da sua aplicação; alternativas viáveis para a valorização dos resíduos da gestão de acácias; e apoios possíveis ou existentes por parte das autoridades locais na luta contra as acácias.

Saiba mais sobre as atividades realizadas em https://www.acacia4fireprev.com/.

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