Crise mundial afeta setor da madeira e mobiliário
Inquérito da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal confirma dificuldades na produção devido à pandemia.
O emprego de perto de 18 mil trabalhadores do setor da madeira e mobiliário foi “brutalmente afetado pela crise” no último ano, segundo a Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) citada pelo “Diário de Viseu”. Metade das empresas de madeira e mobiliário recorreram ao lay-off simplificado, em regime parcial ou total, e as dificuldades sentidas por estes setores, devido à pandemia, continuam a verificar-se este ano.
O cenário de 2020 confirmou o pessimismo dos empresários do setor patente nos dados do inquérito realizado pela AIMMP junto de 74 empresas: 62,7% anteciparam para agosto quebras superiores a 20% e 40% de faturação, devido à pandemia e “mais de 60% das empresas demonstrou a intenção de laborar a, pelo menos, 50% da sua capacidade instalada”. Segundo aquela associação, o pior mês de laboração no setor foi abril do ano passado, com muitas empresas a funcionar a 25% da sua capacidade e muitas outras sem qualquer atividade produtiva.
As empresas do setor reclamam do Governo “medidas urgentes e estruturais”, como por exemplo “o lançamento de linhas de crédito com juro zero, com um período de carência de pelo menos um ano e um prazo nunca inferior a quatro anos, assim como uma moratória de pelo menos seis meses para os créditos em curso”.