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Proprietários exigem contas do combate ao fogo

FNAPF preocupada com a auditoria do Tribunal de Contas que aponta falhas no combate a incêndios. Falta concretizar medidas aprovadas após 2017.

proprietarios de casas ardidas

A Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) mostrou preocupação com a recente auditoria do Tribunal de Contas (TdC) sobre as medidas de prevenção e combate aos incêndios rurais aprovadas em 2017, que conclui que muitas estão por concretizar.

Luís Damas, presidente da FNAPF, reforça que “já no relatório da Comissão Técnica Independente dos fogos de 2017 vinha referido que não houve auditorias, nem à autoridade nacional, nem aos bombeiros, nem a muitas forças que estão envolvidas no combate aos incêndios florestais. Não se sabe quanto é que custa o incêndio e não se sabe quanto é que se gasta”.

Aquele dirigente, considera que a auditoria do TdC é um documento que pode ser útil para quem tem poderes para gerir toda a problemática dos fogos, defendendo que “vale mais” investir na gestão do combustível florestal para evitar ou reduzir os fogos, pois Portugal “gasta muito em combate e pouco em prevenção”.

Para Luís Damas, visto que o combate nem sempre é eficaz, é necessário saber o valor gasto e “se compensou o que se protegeu”. Relativamente ao trabalho de prevenção, o presidente da FNAPF admite haver uma evolução positiva, mas diz que a nível da gestão de combustível e execução de faixas de proteção “ainda não há capacidade no país para fazer essas operações, por falta de mão de obra ou meios mecânicos”.

A mesma avalização é feita na auditoria ao Dispositivo Especial de Combates a Incêndios Rurais (DECIR), realizada pelo TdC: “As medidas relativas à intervenção no território, em termos de gestão da floresta, da vegetação e dos combustíveis encontram-se num nível de execução reduzido.”