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Eleição da árvore portuguesa do Ano 2023

Até 5 de janeiro, é possível votar online em duas das dez candidatas. Entre elas está, pela primeira vez, um eucalipto. A árvore vencedora representará Portugal no concurso europeu.

Está a decorrer a votação online para a eleição nacional da Árvore do Ano 2023. É possível participar até ao dia 5 de janeiro e a candidatura mais votada, que vai representar Portugal na competição europeia, será conhecida no dia seguinte.

É a primeira edição do concurso, a nível nacional, em que um eucalipto é finalista. Trata-se do Eucalipto de Contige, localizado no concelho de Sátão, distrito de Viseu, classificado como Árvore de Interesse Público desde 1964. Com os seus 11 metros de perímetro de tronco e 43 metros de altura, é considerado a maior árvore classificada de Portugal.

Este exemplar da espécie Eucalyptus globulus tem 132 anos. Foi plantado em 1878 e é hoje um símbolo da história e da identidade da população local. Segundo a Junta de Freguesia, que apresentou a candidatura, a majestosa árvore “tornou-se uma parte maior desta comunidade, engrandecendo relações entre as pessoas, porquanto identifica a freguesia fora do concelho e fora do país”. Na época da construção da Estrada Nacional 229, o seu traçado foi desviado de forma a preservar o Eucalipto de Contige.

O Eucalyptus globulus, considerado mundialmente a melhor espécie para produção de pastas papeleiras, pelas qualidades ímpares da sua fibra, tem uma distribuição restrita no mundo, pelas limitações de adaptabilidade, mas encontrou condições edafoclimáticas únicas para se integrar em Portugal, onde está há cerca de 200 anos. A vantagem competitiva que a espécie fornece ajuda a que, no universo das indústrias de base florestal, o subsetor da pasta e papel, cuja matéria-prima principal é o eucalipto, tenha o maior peso em volume de negócios, com 4,47 mil milhões de euros,  o que se traduz em 2% do Produto Interno Bruto.

Além do Eucalipto de Contige, há mais nove árvores candidatas a Árvore do Ano: a Azinheira de Alportel (Faro); o Carvalho de Calvos (Póvoa do Lanhoso); o Castanheiro Gigante de Guilhafonso (Guarda); o Metrosídero ou árvore-de-fogo, em Mafra; a Oliveira de Casais de São Brás (Santarém); a Oliveira dos Faraós, em Abrantes; a Oliveira Milenar, em Lagoa; a Oliveira Real, em Tavira; e o Plátano do Palácio Anadia, em Mangualde.

O concurso da Árvore Europeia do Ano teve início em 2011, organizado pela Environmental Partnership Association, com o objetivo de realçar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural. A participação portuguesa realiza-se desde 2018 e é promovida pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica. Votação e mais informação sobre a história de cada árvore em https://portugal.treeoftheyear.eu/Trees/Tree-4