GUIA PARA A CORRETA PREPARAÇÃO DO TERRENO
A primeira operação essencial para a produtividade do eucaliptal é a adequada mobilização do solo.
O sucesso de uma plantação florestal depende de favorecimento do desenvolvimento das raízes e do crescimento inicial das plantas. Assim, na fase de preparação do terreno, é necessário apostar na descompactação do solo, para que as raízes não encontrem resistência, e controlar a rebentação dos cepos e a biomassa que resultou do corte da vegetação existente.
Os cepos podem ser mantidos, mas devem ser destroçados para não rebentarem e competirem com a nova plantação. Se forem controlados com herbicida, alinhando a nova plantação entre as plantas desvitalizadas ou na antiga entrelinha, é preciso assegurar que há espaço suficiente para a passagem das máquinas nas operações seguintes.
Se houver presença de muitos ramos, cascas ou vegetação, uma das técnicas mais comuns é a gradagem superficial ao solo. A vegetação e os sobrantes do corte também podem ser destroçados. Técnicas menos aconselháveis em solos mais pobres em matéria orgânica são a queima e a remoção do terreno.
O tipo de mobilização do solo depende da orografia e deve promover a diminuição do risco de erosão e favorecer a retenção de água. Em terrenos planos ou com declive até 25%, a ripagem deve ser feita a uma profundidade de 50 a 70 cm, em faixas e em curva de nível, soltando o solo na zona onde será feita a plantação. Geralmente basta uma passagem do dente de ripper, mas em solos compactados são aconselhadas duas passagens, primeiro com dois dentes e depois com um, na linha de plantação.
Nos solos arenosos pode ser feita apenas uma cova de plantação. E no caso dos terrenos planos com acumulação excessiva de água, será preciso armar o terreno em vala e cômoro ou fazer valas de drenagem.
O tipo de mobilização do solo depende da orografia e deve promover a diminuição do risco de erosão e favorecer a retenção de água.
Quando os terrenos possuem um declive superior a 25% devem ser armados terraços com plataformas de 3,5 a 4 metros, construídas com uma inclinação de, no mínimo, 2% de fora para dentro. A ripagem deve ser feita com três dentes na zona mais exterior do terraço, para criar a linha de plantação.
Artigo publicado originalmente na revista n.º 12, de dezembro de 2023, que pode ler na íntegra e descarregar aqui: https://produtoresflorestais.pt/quero-receber-a-edicao-da-revista-em-papel/
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